Angélica Fernandes
Fiéis aplaudem passagem do Pontífice, mas enfrentam dificuldades com logísticaRio - A bordo do Papamóvel, o Papa Francisco chegou, por volta das 17h25 desta quinta-feira, na Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio onde vai realizar uma missa de acolhida aos jovens da Jornada Mundial da Juventude. Emocionados, muitos fiéis aplaudiram o Sumo Pontífice e acompanharam pelos telões dispostos no local, cantando músicas religiosas.
O veículo passou pela Avenida Atlântica, no sentido Leme, próximo ao hotel Copacabana Palace. Uma multidão acompanha o trajeto. Grades foram colocadas no trecho divindo o público, de forma que a multidão que fica mais atrás do corjeto, próximo aos prédios da Orla, têm a visão prejudicada. Muitos chegaram a pular as grades, mas foram contidos por seguranças.
O acesso aos banheiros químicos também é um problema para quem está na Orla, já que a passagem pelo local fica restrita.
Paes: Transferência foi decidida para proteger saúde de peregrinos
O prefeito Eduardo Paes afirmou na tarde desta quinta-feira que a transferência da vigília e da Santa Missa da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em Guaratiba, na Zona Oeste, para a Praia de Copacabana, foi decidida com o intuito de proteger a saúde dos peregrinos.
"Não foi só uma questão de inviabilidade estética. As chuvas podiam colocar a saúde das pessoas em risco", afirmou o prefeito em entrevista coletiva, ao lado do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
"A trenferência foi consensual e técnica", afirmou o ministro.
A peregrina Camila Chaves, de 24 anos, que veio de Ponta Grossa, no Paraná, está hospedada em uma casa de família em Irajá, na Zona Norte, e acolheu a decisão de bom grado. "O melhor que aconteceu foi essa mudança para Copacabana. Porque além de Guaratiba ser muito longe e não ter uma boa infraestrutura, lá é muito frio e as pessoas que vieram de muito longe não estão preparadas pra isso. Em Copacabana é bem melhor por conta do metrô", disse a fiel.
O local que seria palco dos principais eventos da JMJ, uma área de 1,7 milhão de metros quadrados, sofre com as fortes chuvas que têm castigado a cidade e está completamente enlameada.
Em relação à infraestrutura construída em Guaratiba para o evento, o prefeito disse que não houve dinheiro público investido, exceto na dragagem dos rios da região, feita pala Prefeitura.
Não tenho como informar quanto custou porque esse investimento não foi da Prefeitura", afirmou.
O prefeito informou ainda que o local pertence a duas empresas que cederam o espaço para a vigília. Além da terraplanagem do local, foram construídos o palco, centro de mídia e outras instalações para dar suporte ao evento.
O investimento, segundo Paes, foi feito pelo Comitê Organizador Local (COL) da JMJ. Segundo o COL, de 60% a 70% desses recursos vieram das constribuições dos fiéis inscritos.