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Mantega ganha estatus de super herói da Fazenda

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O Dia

Presidenta Dilma reafirma que ministro vai continuar no comando da economia do país. Ele fica de fora da reforma que trocará os titulares de dez ministérios

Rio - A presidenta Dilma Rousseff recorreu à tese de “otimismo de vontade” do filósofo comunista Antônio Gramsci para projetar a economia de 2014. “Todo governo é otimista. É absolutamente imperdoável um governo pessimista”, disse ontem a presidenta, ao participar de café da manhã de fim de ano com jornalistas — uma tradição inaugurada pelo governo Lula. De concreto, para o ano que vem, Dilma anunciou que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, vai escapar da reforma ministerial que “estará completa até o Carnaval”. “Pela vigésima ou trigésima vez reitero que o Guido está perfeitamente onde está”, enfatizou.

Ministro Guido Mantega está desde março de 2006 no comando da Fazenda

Ministro Guido Mantega está desde março de 2006 no comando da Fazenda

Foto: Nei Lima / Agência O Dia

“ Vou fazer reforma ministerial, mas vai ter período. Pretendo fazer da metade de janeiro, do fim de janeiro até o Carnaval. São dez (ministros que sairão candidatos). Não tenho a reforma aqui e nem vou dá-la, se não, seria hoje”, disse a presidenta, garantindo a permanência de Mantega na Fazenda.

QUASE UMA DÉCADA

Blindado como uma armadura de ferro, Mantega já é o ministro que mais tempo permanece à frente do Ministério da Fazenda, desde março de 2006, ainda no governo Lu</MC>la. Se ficar até o final deste governo, ele completará oito anos e nove meses à frente da pasta. Somando a um ano e 10 meses que esteve no Planejamento, também no governo de Lula, o ministro ficará 10 anos e seis meses no Executivo.

No total, Mantega só perde para o economista, ex-deputado federal e ex-ministro Antônio Delfim Netto, que foi o xerife da Fazenda entre os anos de 1967 e 1974, ainda nos governos militares, e do Planejamento entre 1979 e 1985. Delfim Netto ficou à frente das principais decisões econômicas do país durante 12 anos e sete meses.

Outro anúncio feito por Dilma Rousseff foi que algumas desonerações de folhas de pagamentos, adotadas contra a crise econômica, serão mantidas permanentemente. Mas ela não disse quais setores serão beneficiados. Outra revelação foi a de que o Estado de São Paulo ganhará um terceiro aeroporto privado.

GUIDO MANTEGA FALA

PREÇO DA GASOLINA
Durante o encontro de fim de ano com os jornalistas, o ministro da Fazenda, Guido Mantega,disse que a referência para os reajustes da gasolina e dos combustíveis da Petrobras é o preço internacional do petróleo. Segundo ele, mesmo com o aumento recente, ainda não foi possível absorver todo o impacto da elevação da moeda norte americana. “O parâmetro é caminhar em direção ao preço internacional do petróleo. É um preço igual ao internacional. Este nivelamento deve ocorrer quando há discrepância e se tem sobressalto de câmbio”, afirmou.

ESFORÇO FISCAL
Ele afirmou que a meta de superávit primário (economia para pagar os juros da dívida pública) para 2014 será maior do que a estipulada no Orçamento Geral da União, aprovado na madrugada de quarta-feira pelo Congresso. “O governo está empenhado em aumentar o esforço fiscal no próximo ano”, disse.

SEM DESONERAÇÕES
Depois de conceder benefícios fiscais para estimular o consumo e o emprego nos últimos anos, o governo vai deixar de conceder novos incentivos em 2014, contou o ministro. Ele descartou a possibilidade de ampliar as desonerações no próximo ano. Segundo Mantega, a recuperação da economia elimina a necessidade de reduções de tributos para estimular a produção e o consumo.

CONFIANÇA NO PAÍS
Guido Mantega disse que a confiança dos investidores na economia brasileira vem aumentando. Só em novembro, informou, os investimentos externos diretos chegaram a US$8,33 bilhões. O resultado elevou o resultado acumulado do ano para US$ 60,8 bilhões.

2013 ANO DA VIRADA
O ministro da Fazenda afirmou ainda que 2013 é o ano da virada e no ano que vem o crescimento da economia brasileira será maior ainda. O governo estima um crescimento de 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) a soma de todas as riquezas produzidas no país em um ano.

EUA reduzem estímulos

O Federal Reserve (banco central norte-americano) decidiu ontem reduzir em US$ 10 bilhões seu programa mensal de compra de ativos, que serve para estimular a economia dos Estados Unidos.

A partir de janeiro, vai diminuir o montante de compras mensais de bônus do Tesouro e títulos hipotecários, que serve para injetar dinheiro no país, de US$ 85 bilhões para US$75 bilhões.

A definição do Fed sobre o seu programa de estímulo econômico era aguardada há meses pelos mercados. O sobe e desce da moeda americana ficou mais intenso desde meados do ano, quando uma autoridade do Fed indicou que estava chegando a hora de reduzir a injeção de dinheiro nos Estados Unidos. Para o ministro Guido Mantega, o anúncio foi bom, pois “a expectativa e a incerteza causam turbulência no mercado”.

Brasil nunca esteve tão preparado

Dilma Rousseff disse que o Brasil está preparado para a redução de incentivos financeiros na economia norte-americana pelo Federal Reserve (Fed). Ela fez os comentários antes de a autoridade monetária norte-americana confirmar, no final desta tarde de ontem, a redução do apoio econômico.

“Vai ter, de fato, esse momento de saída da política monetária expansionista nos Estados Unidos, mas o Brasil nunca esteve tão preparado. Nós não estamos mais naquela fase que o pessoal dizia: espirrou nos Estados Unidos, pneumonia no Brasil”, afirmou a presidenta aos jornalistas.


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