Osni Alves
Proposta é retirar 200 mil veículos com mais de 30 anos das ruasRio - Dez associações da cadeia automotiva apresentaram um projeto de renovação da frota de caminhões ao governo federal. Os representantes querem crédito barato para retirar das ruas 200 mil veículos fabricados há mais de 30 anos. O documento foi entregue durante o Salão Internacional do Transporte (Fenatran).
Levantamento da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) indica que o motivo de tanto caminhão com avançado tempo de uso em circulação está na dificuldade que os motoristas têm em conseguir crédito para comprar um novo veículo. Boa parte desses trabalhadores são autônomos.
A CNT frisa que além de necessário, tornar o financiamento mais acessível é medida urgente. Isto porque os caminhões antigos representam 7% da frota total de veículos no país e estão envolvidos em 25% dos acidentes graves.
“Em 2012, quebras e acidentes geraram custos de R$4,9 bilhões ao INSS e ao SUS, informou a entidade.
A confederação destacou que modernizar a frota impacta também na qualidade do ar, devido ao controle de poluentes dos caminhões novos. Com isso, haveria redução de 87% em emissões de carbono, 81% de hidrocarbonetos, 86% de óxido de nitroso e 95% de materiais particulados.
Empenho para programa sair
Secretária de Desenvolvimento da Produção do ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Heloísa Menezes afirmou que o governo tem se empenhado na definição de um programa que renove a frota de caminhões.
Os veículos novos, já considerando os padrões de emissões consomem cerca de 10% menos diesel do que aqueles acima de 30 anos. Com isso, o Brasil economizaria cerca de R$5 bilhões em dez anos na balança comercial, apenas com a redução da necessidade de importação do combustível.
Participaram do projeto, batizado de Programa Nacional de Renovação de Frota, entidades como Anfavea, CNT, Fenabrave, Instituto Aço Brasil, Inesfa, entre três associações.