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Ato alerta para vários problemas no Salgado Filho

Flavio Araújo

Cremerj enumera irregularidades, desde a falta de médicos à superlotação

Rio - O Hospital Salgado Filho, no Méier, está doente. O diagnóstico é da presidente do Cremerj, a médica Márcia Rosa de Araujo, que às 10h desta quarta-feira promove ato em frente à unidade para chamar atenção sobre o atendimento precário.

“Há pacientes em corredores, falta de clínicos e neurocirurgiões, superlotação e o déficit de recursos humanos. Duas enfermarias foram fechadas. O hospital precisa de 22 clínicos e oito neurocirurgiões. Estamos alertando a prefeitura desde o início do ano e nada foi feito. Atualmente, a carência de leitos na cidade é de 4 mil”, critica Márcia.

A situação do Salgado Filho chamou a atenção da mídia no Natal passado, quando a menina Adrielly Vieira, de 10 anos, precisou de atendimento neurológico ao ser baleada na cabeça, e o plantonista, Adão Crespo, faltou ao plantão. Inclusive, a Justiça aceitou denúncia contra Adão e mais oito réus pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica e abandono de função.

Segundo Márcia, desde então a situação do Salgado Filho só piorou. “A prefeitura encerrou atendimentos cirúrgicos em Curicica e encaminhou os casos para o Salgado Filho, que já não dava conta de sua demanda”.

Outro hospital municipal na mira do Cremerj é o Pedro II, em Santa Cruz. Conforme O DIA noticiou ontem, cadáveres dividiam espaço com doentes. “Quem administra o Pedro II é uma das Organizações Sociais às quais a prefeitura entregou a saúde, privatizando-a. Os procedimentos e fiscalização ficam comprometidos”, disparou Márcia.

A Secretaria Municipal de Saúde informou que desconhece estudo técnico que aponte déficit de leitos; que os atendimentos no Salgado Filho podem ser mais demandados, mas seguem normas; e que o caso do Pedro II é investigado.

Familiares vão à Justiça

A família de Maria José Baptista, encontrada morta enrolada num plástico preto em meio a pacientes no Hospital Pedro II, em Santa Cruz, vai registrar o caso hoje na 35ª DP (Santa Cruz). O corpo seguiu para a cidade natal dela, Cururupu, no Maranhão, onde deve ser enterrado hoje.

Os parentes ainda pretendem processar o hospital. Segundo a unidade, Maria José morreu após não resistir a um enfarte. A família só soube da morte da mulher, de 80 anos, cinco horas depois do óbito porque invadiu o hospital.

“É muito descaso. Vamos buscar a Justiça, não pelo dinheiro, mas para que eles não façam mais isso”, desabafou a neta da vítima, Gracieth Santos.

Colaborou Maria Inez Magalhães


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