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ONU lembra à Nigéria que escravidão sexual pode ser crime contra a humanidade

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EFE

Sequestro em escola aconteceu em 14 de abril e teve autoria reivindicada por terroristas do Boko Haram em vídeo

Nigéria - A alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, lembrou nesta terça-feira que escravizar e abusar sexualmente de pessoas pode constituir crime contra a humanidade, em referência ao sequestro de mais de 200 meninas na Nigéria pelas mãos da milícia radical islâmica Boko Haram.

"Alertamos os responsáveis (pelo sequestro) que a lei internacional proíbe totalmente a escravidão e a escravidão sexual. Esses atos podem constituir, em alguns casos, crimes contra a humanidade", afirmou Pillay, citada em comunicado. O sequestro aconteceu em 14 de abril em uma escola em Chibok, no noroeste da Nigéria, e nesta segunda sua autoria foi reivindicada pelo Boko Haram em um vídeo.

Pillay "condenou" o sequestro e pediu que as meninas sejam imediatamente devolvidas, sãs e salvas, a suas famílias. "Estamos profundamente preocupados com a fala (no vídeo) do suposto líder de Boko Haram nesta segunda-feira na Nigéria, quando diz descaradamente que venderá 'no mercado' as meninas sequestradas e 'as casará', referindo-se a elas como 'escravas'", acrescentou.

Uma das meninas raptadas que conseguiu escapar relatou que as reféns mais jovens sofriam até 15 estupros por dia e que ela mesma havia sido entregue como esposa a um dos líderes do grupo terrorista. A Alta comissária contactou o presidente da Nigéria e pediu que faça todos os esforços para poder encontrar as meninas, e junto a outros altos executivos das Nações Unidas lembrou às autoridades que têm a obrigação de velar por que todas as meninas do país desfrutem do direito à educação, e sejam protegidas de qualquer violência ou intimidação.

A respeito do Boko Haram, Pillay definiu as ações como "monstruosas" e pediu às autoridades que protejam a população. "O fracasso das autoridades em proteger efetivamente os cidadãos constitui em si uma violação dos direitos humanos", repreendeu a alta comissária.


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