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Reforço no policiamento do estado começa nesta segunda-feira

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Vania Cunha

Aumento da violência motivou a ação. Contingente, que desempenhava funções burocráticas, passa a patrulhar ruas. Diárias por 8 horas de trabalho chegam a R$ 175

Rio - O reforço de dois mil homens no policiamento das ruas, anunciado sexta-feira pelo secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, será estendido a todo o estado. A mobilização de militares a partir desta segunda-feira não interfere no planejamento de segurança para a Copa, que também vai contar com reforço de outros dois mil policiais, divididos em dois batalhões de campanha. Como O DIA mostrou em 11 de abril, o grupo está recebendo treinamento especializado para atuar no evento e vai para as ruas dia 1º de junho.

A partir desta segunda-feira, o contingente escalado nos setores administrativos nos mais de 40 batalhões operacionais e especializados da Polícia Militar, passa a trabalhar nas folgas em Regime Adicional de Serviço (RAS), recebendo pelas oito horas de serviço extra valor que varia de R$ 150 a R$ 175. A medida, adotada a 38 dias da Copa do Mundo, pretende reduzir os altos índices de roubos no estado.

Os militares escolhidos para o chamado Plano de Mobilização das Unidades são os considerados aptos ao trabalho de rua, mas que exercem tarefas burocráticas nos batalhões. Todos eles serão empregados no reforço do patrulhamento por tempo indeterminado. Cada unidade terá autonomia para definir os locais para onde serão direcionados os reforços, de acordo com a mancha criminal da região, ou seja, os índices que apontam aumento das ocorrências em cada local.

A princípio, o policiamento extra vai ser usado para coibir os roubos a pedestres, celulares, coletivos e de veículos, que apresentaram as maiores incidências de acordo com o último levantamento divulgado pelo Instituto de Segurança Pública (ISP). Foram registrados, por exemplo, 53% de aumento nos roubos a coletivos em todo o estado, em fevereiro e março, em relação ao mesmo período do ano passado.

Além das unidades operacionais, as forças de elite também serão convocadas no reforço. Agentes dos batalhões de Operações Especiais (Bope), de Choque (BPChoque) e de Ações com Cães (BAC) deverão atuar nas vias expressas e no entorno de comunidades ainda não pacificadas.

Sinalização com logo da Fifa começa a ser instalada

A 38 dias do Mundial, as placas de sinalização personalizadas e bilíngues para o evento começam a ser instaladas pela cidade. Ao todo, serão 70, com designer diferente e logomarca oficial da Fifa. Três delas já foram colocadas nos acessos e na saída do Aeroporto do Galeão.

As primeiras placas de sinalização para Copa do Mundo foram colocadas na entrada da Linha Vermelha

As primeiras placas de sinalização para Copa do Mundo foram colocadas na entrada da Linha Vermelha

Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia

Segundo a Embratur, o Rio receberá cerca de 600 mil turistas durante o torneio. E a CET-Rio pretende inserir as placas nos locais de chegada à cidade, como acessos dos aeroportos (além do Galeão, o Santos-Dumont) e da Rodoviária Novo Rio, e também nos arredores do estádio do Maracanã, na Barra e em Copacabana.

Segundo o órgão, todas as placas dão as coordenadas para o Maracanã, que entre os jogos da competição, sediará a final. E, além das sinalizações, a CET-Rio promete disponibilizar seis grandes painéis em pontos estratégicos de acesso ao Rio e Maracanã.

Durante a Copa, a aposta de transporte da Prefeitura são o metrô e o BRT. Como nem todas as estações estarão prontas, a ideia é que os turistas que desembarcarem no Galeão e forem direto ao Maracanã usem a estação do BRT em Vicente de Carvalho, como ponto de integração para o estádio.

Táxis mais caros que em Nova York

Na principal porta por onde entrarão os turistas que virão para a Copa, o Aeroporto Internacional do Galeão, os valores praticados por táxis credenciados — que cobram preços fechados para o destino — pela Infraero quase deixam os passageiros sem saída. Mesmo com a permissão para os ‘amarelinhos’ — que usam taxímetro — circularem, os turistas ignoram que podem optar pelo taxímetro ou tabela. E são compelidos a pagar a tabela. Além disso, a cobrança ‘no tiro’ das empresas não credenciadas é outro receio de quem dispensa os carros oficiais.

Os valores tabelados pelos táxis do Galeão chegam a superar corridas feitas, por exemplo, em Nova York. Uma viagem do JFK Airport até o Centro de Manhattan — 28,8 km — custa US$52 (R$114,4): R$ 3,97 por quilômetro. Uma corrida de 27,4 km, do Galeão até São Conrado, sai a R$138: R$ 5 por quilômetro.

Das sete empresas credenciadas, quatro oferecem opção do taxímetro. Na tabela, o trajeto mais caro é para o Recreio: R$ 175. Para o Centro, são R$ 90, e para Copacabana, R$125.

Ao saber que sua corrida à Barra sairia a R$155, a dentista Cristine Cambraia, de 38 anos, exigiu taxímetro: “Não pago valor tabelado. Como estou com crianças, tenho receio de pegar algum carro pirata”, comentou.

Colaboraram Felipe Freire, Paloma Savedra e Paulo Mauricio Costa


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