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Uso de drogas por motoristas de ônibus está na mira das autoridades

Amanda Raiter

Profissional terá de fazer teste antidrogas. Resolução exige exame para tirar ou renovar habilitação para ônibus, vans e caminhões

Rio - O uso de drogas por motoristas profissionais de vans, ônibus e caminhões está na mira das autoridades. O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) começa, no mês que vem, a homologar os laboratórios que farão os testes antidrogas nos condutores que forem tirar ou renovar as carteiras de habilitação nas categorias C, D e E.

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Objetivo da medida%2C que já deveria valer em junho%2C é reduzir acidentes envolvendo profissionais do volante

Objetivo da medida%2C que já deveria valer em junho%2C é reduzir acidentes envolvendo profissionais do volante

Foto: Ag.O DIA


O exame deve ser feito com amostras de cabelo e aponta o uso de entorpecentes em um período de meses ou até anos, dependendo do comprimento do fio (a média de crescimento de cabelo é de um centímetro por mês). O teste está previsto na resolução 460, aprovada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) em janeiro, e que deveria entrar em vigor em junho. Entretanto, como a homologação dos laboratórios ainda não foi feita, não há uma data definida para que os departamentos de trânsito estaduais passem a pedir o exame.

A exigência é polêmica e o próprio Ministério da Saúde foi contrário à medida, mas foi voto vencido no Contran. Especialistas também questionam a eficácia na redução de acidentes, que é o objetivo da medida. “O teste de cabelo é feito em cima de cada centímetro que o fio cresce por mês. Então,como detectar se o uso da droga foi em momento em que teve potencial de provocar um acidente?”, questiona a bioquímica Cristina Pisaneschi, lembrando que o motorista pode começar a usar drogas após obter a habilitação. Para ela, o teste deveria ser feito pelas empresas de transporte nas seleções de motoristas e em avaliações periódicas.

Os exames custam cerca de R$ 290 (estimativa do Ministério das Cidades, a quem o Denatran está subordinado) e terá de ser pago pelos motoristas. Além disso, há as demais taxas, como a de R$ 107, para mudar de categoria, de B para C, D ou E.

O presidente da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), Otávio Cunha, disse ver com “bons olhos” a resolução. “É uma prevenção importante e procura defender a vida”, afirmou. O Detran do Rio informou que vai aguardar a homologação do Denatran para credenciar laboratórios e iniciar a exigência.


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