Ator George Sauma festeja prêmio no teatro e lança CD

Leandro Souto Maior

Rio - Já houve um tempo em que chamavam o ator George Sauma de Magriça. Ele, de fato, era muito magricela, e todos riam quando ele se jogava no chão, como se estivesse realmente levando um choque. “Foi bem na época em que eu estava montando uma banda, daí surgiu o nome Choque do Magriça. Todo mundo achou engraçadão, e assim ficou”, explica Sauma, líder do conjunto, integrado ainda por Rodrigo de Arruda, Nicolas Bartolo, Pedro Tomé, Pedro Thomé, Daniel Zunbrinsky, Felipe Galvão, Pedro Nêgo e Daniel Pimenta. 

O grupo%2C com George Sauma no centro%2C de Amy Winehouse

Foto: Divulgação

O noneto — que acaba de lançar o primeiro CD, ‘Tailaiala’, e o primeiro clipe, da música ‘Agora Vai Ser Foda Ligar Pro Sarney’ — é formado basicamente por atores que também são músicos e que se conheceram na escola de Teatro Tablado, na Lagoa . Sauma já tem uma história em ascensão nas artes cênicas: esta semana, faturou o prêmio da APTR (Associação dos Produtores de Teatro do Rio de Janeiro) de Melhor Ator Coadjuvante, por sua atuação na peça ‘A Importância de Ser Perfeito’. Além disso, protagonizou ‘Sonhos de Um Sedutor’, ao lado de Luana Piovani, e estreia, no dia 20, o infantil ‘Pedro Malazarte e a Arara Gigante’, com texto do Jorge Furtado. Seu rosto é conhecido ainda da televisão, em ‘Toma Lá, Dá Cá’, e, no cinema, acabou de rodar ‘Vestido Para Casar’ (com Leandro Hassum e Fernanda Rodrigues) e o longa sobre a vida de Tim Maia, encarnando Roberto Carlos. Também se prepara para começar a filmar ‘Divã 2’, sequência do sucesso de Lilia Cabral.

“Aqui no Brasil tem muito isso, de ter que ser encaixado em uma classificação: ou você é ator ou é músico. Eu sou artista. Canto, componho, atuo, sapateio, faço tudo o que gosto e me dá prazer, e cada linguagem tem o seu barato”, avalia.

Fato é que o Choque do Magriça tem uma pegada teatral forte no palco. “Cada um usa um figurino bem louco. Cada canção conta uma história e usamos muito humor, é divertido de assistir. E tem um VJ que projeta imagens durante o show. Não queremos ser só uma banda que toca música”, descreve.

Por este lado irreverente, eles andaram sendo equiparados com os Mamonas Assassinas. “Muita gente compara mesmo. A gente não se incomoda, adoro os Mamonas, mas não acho que seja a mesma onda. Eles tinham uma coisa muito escrachada no humor, mas nós não fazemos só piadas, também temos músicas que são sérias. Musicalmente, somos muito diferentes deles. A gente tem essa curtição de se vestir diferente, mas é algo mais inspirado no Secos & Molhados”, explica.