Constança Rezende
Prefeito sugere uso de transporte coletivo para reduzir os transtornos no CentroRio - O prefeito Eduardo Paes previu que nesta segunda-feira, primeiro dia útil com a Perimetral totalmente fechada, será muito difícil para os cariocas. Por isso, pediu paciência à população e que, para ir ao Centro, use ônibus.
Paes, que vistoriou com o secretário municipal de Transportes, Carlos Roberto Osório, e técnicos o trecho que foi interditado na noite de sábado, sugeriu que os cariocas optem pelo transporte coletivo e adotem a carona solidária. Mas afirmou que o período “de muito transtorno”, que, segundo ele, deve durar em torno de 15 dias, vai valer a pena.
Paes e Osório caminham pela Perimetral neste domingo
Foto: Fabio Gonçalves / Agência O Dia
O prefeito disse que o carioca não vai sentir a “menor falta” da Perimetral. “A cidade é tão intimamente integrada com o mar e, no Centro, é cortada essa relação. Vamos inverter isso a partir daqui. A Perimetral é um monstrengo e esconde a cidade”, disse Paes.
A interdição de agora vai impactar mais no trânsito do que o primeiro trecho fechado do viaduto, na ligação da zona portuária ao Centro. No primeiro caso, apesar de a região ter um fluxo maior de veículos, as mudanças no trânsito foram menores. “Para termos esse espaço devolvido para a cidade, que abriga a nossa história, a gente tem que sofrer um pouco. Por isso, é importante que as pessoas colaborem”, afirmou o prefeito.
Eduardo Paes alertou os motoristas a prestar atenção às mudanças no trânsito e os que usam o transporte coletivo a conferir os itinerários das linhas de ônibus que passam pelo Centro que, em grande parte, sofrerão mudanças.
De acordo com Paes, cerca de 800 agentes de trânsito estarão nas ruas para tentar reduzir o impacto da operação, já que várias ruas terão a mão invertida. Além disso, pediu às pessoas que evitem ir ao Centro de carro.
Durante toda a madrugada%2C logo após o fechamento da Perimetral%2C operários trabalharam na instalação de bloqueios e desvios nas ruas
Foto: Estefan Radovicz / Agência O Dia
Segundo ele, a prioridade da pefeitura é o transporte coletivo. “A gente alerta para as pessoas que vão de carro que entendam que o Centro vai estar com menos vagas para estacionamento e, cada vez mais, cerceado ao acesso de carros”, alertou.
Já Carlos Roberto Osório disse que o transtorno no trânsito por causa da derrubada do viaduto só vai acabar em definitivo com o fim das obras da nova infraestrutura. A previsão é que elas terminem em 2016.
Ele disse que haverá um período relativamente longo de transtornos e previu que as primeiras semanas serão mais complicadas, até que as pessoas se acostumem ao novo sistema de trânsito. “Mas teremos novas vias até 2016, estamos construindo 10 quilômetros de túnel”, disse Osório.
Agentes vão controlar ruas
O Centro de Operações da Prefeitura informou que a operação para reduzir transtornos no trânsito contará com apoio de 40 carros e de 56 motocicletas. Oitocentos agentes trabalaharão para manter a fluidez, ordenar cruzamentos, orientar os desvios e fazer bloqueios, se necessário.
Também serão usados 44 painéis de mensagens variáveis móveis e dez fixos. Eles passarão aos motoristas orientações sobre os bloqueios e as rotas a serem usadas, além das condições do tráfego.
Entre as mudanças consideradas mais importantes estão a inversão de mão da Rua Uruguaiana, entre a Rua Acre e a Buenos Aires, a adoção da mão dupla em toda a Avenida Marechal Floriano e do sentido único, para a Lapa, nas duas pistas da Avenida República do Paraguai.
Acesso à Lapa também muda
Uma das mudanças que mais devem afetar o trânsito é o sentido único na Rua Teixeira de Freitas, que liga a Avenida República do Paraguai à Avenida Augusto Severo. Agora, o trânsito é só no sentido Beira-Mar, permitindo acessar a Rua Augusto Severo e o Aterro.
Quem segue da Zona Sul para a Lapa terá que contornar o Passeio Público, passar pela Rua Mestre Valentim, pegar a Rua do Passeio, que também teve a mão invertida, e chegar à Avenida Mem de Sá.
Para carros e ônibus que vêm da Zona Sul%2C o acesso à Lapa agora é feito contornando o Passeio Público
Foto: Paulo Araújo / Agência O Dia