Ricardo Schott
Cantor e compositor Álvaro Gribel lança sábado, no Solar de Botafogo, o segundo CD, ‘São Francisco’, influenciado por período em que morou na cidadeÁlvaro Gribel lembrou da tragédia do Morro do Bumba em ‘Oração’
Foto: Divulgação
Rio - Nascido em Minas Gerais, criado em Vitória (ES) e morador hoje de São Paulo, o cantor e compositor Álvaro Gribel vivia no Rio quando se apaixonou perdidamente por um canto de Niterói. “Já tinha ido ao bairro de São Francisco com amigos, mas depois descobri direito o local, que é arborizado e parece um vale. Acabei morando lá e o lugar me inspirou”, diz Gribel. O resultado da experiência é seu segundo álbum, ‘São Francisco’, que ele lança sábado no Solar de Botafogo.
“Como todo mundo me falava que o segundo disco sempre era mais difícil, resolvi ir para um lugar afastado”, conta. O bairro ganhou a homenagem na faixa-título. E o contato de Gribel com a tragédia do Morro do Bumba, cujo deslizamento ocorreu em março de 2010, gerou ‘Oração’. “Ela ganhou esse nome porque vem da descrença de que esse tipo de coisa não irá mais acontecer. Não foi uma tragédia natural, foi puro descaso”, lamenta ele.
Outra faixa, ‘Marcha de Autopeça’ surgiu de uma visita de Gribel ao mecânico. “Tinha levado meu carro ao conserto, depois de dois anos. E veio um orçamento caríssimo. Adoro marchinha de Carnaval e queria fazer uma. Daí as peças que tinha que trocar foram batendo com a melodia que fiz”, diverte-se.
‘São Francisco’ teve produção de Rodrigo Campelo e Eber Pinheiro. Por causa da mudança de Eber para Nova York, o álbum teve mixagem e masterização feitas no estúdio Atlantic Sound. Para o show, Gribel ter a companhia de Campelo (violão), Jurim Moreira (bateria) e Jorge Helder (baixo). “Com eles no estúdio, ficou um disco bem relax”, alegra-se o cantor.