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Bancário passa de vítima a suspeito de um golpe

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Herculano Barreto Filho

Gerente de banco que desapareceu e foi considerado sequestrado diz que está em crise de depressão, foi internado em clínica especializada e pode ser indiciado

Rio - O bancário Cláudio Martins da Cunha, que desapareceu por oito dias no fim do ano passado, está sob cuidados psiquiátricos. Enquanto ele continua internado em tratamento em uma clínica na Gávea, a polícia investiga se Cunha é o autor de um desfalque na agência do Banco do Brasil da Praça Mauá.

Cláudio Martins da Cunha%3A vítima vira suspeito de fraude

Cláudio Martins da Cunha%3A vítima vira suspeito de fraude

Foto: Reprodução

Segundo a Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), que investiga o caso, o tesoureiro causou um prejuízo bem maior dos R$ 370 mil anunciados na época do desaparecimento dele, entre o fim de novembro e o começo de dezembro do ano passado: ao longo de três anos, Cláudio teria desviado R$ 535 mil.

No começo, o suspeito fazia pequenas transferências para as contas de familiares como se fossem empréstimos, já que o dinheiro era reposto aos cofres do banco. Depois, passou a retirar valores maiores, que deixaram de ser devolvidos. Beneficiado pelo cargo de confiança, fazia manobras contábeis e balancetes fraudulentos, com a remessa de dinheiro virtual aos caixas eletrônicos.

O esquema começou a vir à tona em setembro, quando o sistema de conferência de valores passou por uma reformulação no país. Cunha era o encarregado de entregar dados que desvendariam o desvio do dinheiro. “Seria feita uma nova conferência dos valores no banco. No dia anterior, ele se desesperou e desapareceu”, explicou o delegado Rodrigo Santoro, da DRF.

O bancário deve ser intimado a comparecer na delegacia esta semana, e deve ser indiciado por furto qualificado. Depois do desaparecimento, Cunha foi encontrado por agentes da Divisão Antissequestro (DAS) no Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca. Na ocasião, confessou aos policiais que tentou cometer suicídio, ingerindo veneno para ratos e tentando cortar os pulsos.

Mas uma mensagem enviada por agentes da DAS pelo celular da filha dele fez com que mudasse de ideia. Ele foi encontrado no hospital, onde os agentes que se passaram pela filha na mensagem disseram que ela estava internada, em decorrência do sumiço do pai.


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