Rozane Monteiro
Wagner Montes (PSD) busca partido que o permita continuar a votar sem ter que obedecer a bancadaRio - Wagner Montes (PSD) tem planos de ir a São Paulo esta semana para dizer, oficialmente, ao presidente nacional de seu partido, Gilberto Kassab, que está querendo sentar praça num partido que o deixe continuar a votar sem ter que obedecer a bancada e ser candidato em 2014 ao que lhe der na telha, o que inclui, principalmente, a senador. Também vai dizer que aceitaria, como ele diz, “de bom grado” ser presidente regional do partido em que estiver depois de 5 de outubro — data-limite para os políticos que querem se candidatar ano que vem decidirem em que legenda ficarão. Só aí, Wagner Montes já vai levar na mala dois problemas.
O posto de queridão do PSD no Rio já tem dono, que é Arolde de Oliveira — este, sim, é o cara que pode fazer quase o que bem entender em 2014. E, quanto à presidência regional do PSD, o ocupante do cargo é Indio da Costa, homem de prestígio no partido que ele arregaçou as mangas para fundar no Rio. Fui nele, mas Indio não caiu na pilha de Wagner e preferiu a linha sou-chique-e-nem-sei: “Não faço questão de ser presidente. Só que isso é uma decisão do diretório.”
Indio também explicou que Arolde não é a pedra no caminho de Wagner. A questão é que o PSD só vai ter candidato ao Senado se o governador Sérgio Cabral não quiser entrar na disputa. Aí, sim, Indio afirma, Wagner poderia ser a opção. O único ‘probleminha’ é que essa conta só vai fechar ano que vem e Wagner diz que vai resolver a vida até dia 30.
E SE?...
Se a conversa com Kassab e Wagner acabar no clima ‘já está chegando a hora de ir...’, Wagner Montes já está de mala e cuia prontas para partir, com seus mais de 500 mil votos, provavelmente, para o PRB. Embora o próprio Wagner garanta, docemente, que não “está certo p... nenhuma”, o PRB é a legenda com mais chance de recebê-lo.
Só para lembrar: o senador que foi eleito pelo partido em 2010, Marcelo Crivella, hoje é ministro (da Pesca e Aquicultura) e tem dito que quer se candidatar a governador do Rio, o que seria um excelente cenário para um novo nome para o Senado.
Mas isso é só o que eu acho. Wagner Montes conta que está conversando com quem lhe procura, o que inclui PT e PR. Ah, antes que eu me esqueça: Wagner vai procurar o senador Francisco Dornelles (PP) nos próximos dias para ir tirando umas dúvidas sobre como é o trabalho no Senado, etc, etc, etc.
AVISO
Preciso informar que, se for o caso de ter que “esquentar a caldeira do capiroto”, como diz Wagner na TV, por conta da charge, a vaga é do companheiro Nei Lima, que, aliás, está saindo de férias e me deixando aqui no sufoco um mês. Ô, raça!